Capitão pede a cabeça do prefeito de Juazeiro do Norte



 A sessão ordinária desta quinta-feira (02) na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte foi marcada por mais um embate protagonizado pelo vereador Capitão Vieira (MDB). O líder da oposição voltou a disparar críticas contra seus colegas parlamentares ao comentar a decisão judicial que reduziu em R$ 500 mil o repasse mensal do duodécimo da Casa Legislativa.

Segundo Vieira, estaria faltando “coragem” aos vereadores para se posicionarem contra o prefeito Glêdson Bezerra (PODE). Em tom de acusação, o oposicionista afirmou ainda que teria informações de que o prefeito estaria pedindo a lista de chefes de gabinetes dos parlamentares, para nomeações dentro da estrutura da prefeitura.

O episódio reacende a postura de confronto adotada por Capitão Vieira nos últimos meses. Em sessões anteriores, o vereador chegou a declarar que possuía prints de conversas com colegas que, segundo ele, diziam que votariam contra projetos do Executivo, mas acabaram se alinhando ao prefeito no momento da votação. Na ocasião, Vieira afirmou que, caso fosse questionado, apresentaria as supostas provas.

O corte do duodécimo

O imbróglio sobre o duodécimo surgiu após decisão da Justiça Eleitoral que suspendeu o repasse de R$ 500 mil à Câmara Municipal. A medida está relacionada à disputa jurídica entre Executivo e Legislativo sobre os limites de gastos da Casa, tendo como base a receita corrente líquida do município. Embora a Câmara alegue ter recursos em caixa, a decisão impede a utilização de valores adicionais para custeio da folha de pagamento e manutenção de atividades.

Clima de desgaste

As falas de Capitão Vieira ampliaram o clima de desgaste interno entre os parlamentares. Ao insinuar falta de independência dos colegas em relação ao prefeito e ao afirmar que poderia expor conversas privadas, o vereador acabou colocando os demais vereadores sob suspeita, criando mais um foco de tensão política dentro da Casa.

Nos bastidores, a expectativa é de que a postura do líder da oposição continue a gerar atritos, isolando-o ainda mais entre os pares e aumentando a temperatura política em torno da relação entre Legislativo e Executivo em Juazeiro do Norte.

Por: Redação Caririensi

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